Bom dia ! Rogerio Pedace é nosso parceiro e convidado da semana – veja seu interessante artigo abaixo.
Ao longo da minha carreira de mais de 25 anos de experiência, apoiando organizações dos mais diferentes portes e estágios de vida, eu pude verificar que nem mesmo as melhores estratégias de negócio produzem necessariamente a integração ideal entre estratégia, organização e remuneração.
A importância disso fica evidenciada pela constante necessidade que as organizações têm de revisar as suas estruturas organizacionais e os seus programas de remuneração, com o objetivo de melhorar os resultados, a eficiência das áreas e atrair e reter talentos. E quais são os aspectos que dificultam a eficácia ideal desejada?
Consigo identificar 3 aspectos principais que, isoladamente ou em conjunto, contribuem para essa situação.
O primeiro aspecto, envolve o alinhamento da estrutura organizacional com a estratégia de negócio. As organizações mudam suas estratégias e objetivos de negócio e não revisam a sua estrutura organizacional com a mesma profundidade e rigor técnico. Conclusão? Uma estrutura organizacional desalinhada, com processos mal desenhados, não cria as condições ideais para a execução da estratégia com excelência, gera demandas erradas para os cargos, e consequentemente para as pessoas que os ocupam, portanto não direciona a organização para o alcance dos objetivos estratégicos de forma eficiente e eficaz.
O segundo, envolve o alinhamento do sistema de medição de desempenho com a estrutura organizacional e estratégia de negócio. Como explicado acima, um desenho organizacional inadequado não facilita a dinâmica de execução da estratégia de negócio e a consecução dos objetivos esperados, portanto fica inviável criar as fundações (indicadores e metas) para se medir adequadamente o desempenho das suas unidades, áreas e profissionais.
O terceiro, envolve o alinhamento da remuneração com as demandas dos cargos e da estratégia de negócio. A baixa conexão entre o que o indivíduo faz, com os objetivos e metas pelos quais é cobrado pela organização ou com a estratégia da companhia, causam problemas de desempenho, desmotivação, e consequentemente uma insatisfação com a sua remuneração, quer seja porque entende que tem mais responsabilidades do que o cargo exige, quer seja porque não vê correlação do resultado do seu trabalho com a variação do seu pacote de remuneração.
A sua organização está atenta a isso?
Rogério Pedace, sócio da Kompenson e da Human Kapital, consultor organizacional, de remuneração e coaching de executivos com mais de 25 anos de experiência.